Infecções respiratórias agudas notificadas em crianças internadas durante a pandemia da COVID-19: fatores associados às internações, reinternações, complicações e à mortalidade
Resumo
Introdução: As infecções respiratórias agudas (IRAs) são a principal causa de morte em crianças até 5 anos no Brasil e a pandemia por COVID-19 foi a maior crise sanitária deste século. A SRAG em crianças pode ser prevenida com vacinas. Justificativa: Em vista da menor quantidade de estudos sobre a COVID-19 em crianças, comparado aos adultos, este trabalho busca analisar aspectos das IRAs em crianças e saber a resposta dos serviços de saúde aos pacientes que tiveram complicações ou reinternações. Objetivo: Analisar a ocorrência das IRAs em crianças em município de médio porte, fatores associados, reinternações, dados de imunização e a resposta dos serviços de saúde durante à pandemia. Metodologia: Estudo epidemiológico misto e descritivo, que utilizou dados de casos notificados pelo SIVEP-Gripe de crianças internadas por SRAG em Ponta Grossa - PR e análise de prontuários nos hospitais pediátricos do município. Resultados: Em apenas 1,76% houve relato de vacina da gripe na última campanha. A mediana de dias internados e tempo de internação prolongada acima de 14 dias foi maior na reinternação comparado à internação. Quase todas as crianças receberam assistência multidisciplinar e muitas tiveram encaminhamento a algum profissional de acompanhamento pós alta. Mais de 21% reinternaram, e desses 10,41% morreram. Os que tinham comorbidade, ou na primeira internação necessitaram UTI, ou tiveram detecção de agente viral, principalmente SARS-CoV-2 ou metapneumovírus, reiternaram mais. Conclusão: As IRAs pediátricas têm capacidade de cronicidade e se há reinternação, há muito mais mortalidade, além de maior tempo internado.
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