Análise da sífilis gestacional e congênita no estado do Paraná, Brasil, de 2007 a 2016

Gabriela Gualberto Carvalho, Ana Claudia Garabeli Cavalli Kluthcovsky

Resumo


Este estudo objetiva analisar a tendência temporal das taxas de detecção da sífilis gestacional e incidência da sífilis congênita no estado do Paraná, de 2007 a 2016. Estudo ecológico, de série temporal. Os dados foram obtidos no site do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Para análise da tendência temporal utilizou-se a regressão polinomial. O nível de significância adotado foi de 5%. Entre 2007 a 2016, foram notificados 8.669 casos de sífilis gestacional e 3.156 de sífilis congênita no Paraná. Houve tendência crescente das taxas de detecção de sífilis gestacional, de 1,6 em 2007 para 14,6 casos por mil nascidos vivos em 2016 (p<0,001) e de incidência de sífilis congênita, de 0,6 para 4,7 casos por mil nascidos vivos (p<0,001). A maioria dos recém-natos com sífilis congênita tiveram diagnóstico em até 7 dias de vida, a maioria das mães tinha entre 20 e 29 anos, ensino fundamental, era branca, realizou pré-natal, teve diagnóstico da sífilis gestacional durante o pré-natal, e recebeu tratamento inadequado ou não tratou a doença. Os resultados sugerem a necessidade de melhor atenção na assistência pré-natal e estratégias para reduzir a transmissão vertical da doença.


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