Ações integradas contra a esporotricose: experiencia de Piraquara, Paraná
Resumo
A esporotricose, uma zoonose fúngica que afeta humanos e animais, especialmente gatos, tem se intensificado em Piraquara desde 2017. Transmitida por contato com solo contaminado ou animais infectados, a doença provoca lesões na pele e mucosas. Com o aumento dos casos, a Secretaria Municipal de Saúde criou a Seção de Atendimento à Esporotricose (SAE) em 2021, visando controlar e prevenir a doença. A SAE realiza vigilância e educação em saúde, monitorando casos suspeitos em felinos, realizando visitas domiciliares para tratamento dos animais e orientação para tutores acerca da doença e encaminhando casos humanos para Unidades Básicas de Saúde (UBS). Além disso, promoveu ações educativas para profissionais de saúde das UBS e para médicos veterinários particulares atuantes no município e elabora materiais informativos e boletins epidemiológicos. Apesar desses esforços, a esporotricose continua a se espalhar em Piraquara, devido aos felinos semidomiciliados e pela alta população de animais abandonados. A abordagem "Uma Só Saúde", que integra saúde humana, animal e ambiental, é crucial para enfrentar esse desafio. Recomenda-se a inclusão contínua de um médico veterinário na SAE e a criação e implementação de políticas públicas que incentivem a guarda responsável de animais e castração de felinos, para mitigar a disseminação. A colaboração entre setores e a conscientização da comunidade são fundamentais para o sucesso no combate à esporotricose.
Texto completo:
PDFApontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2025 Revista Stricto Sensu